CARTAS DE LEITORES DE JORNAIS SOBRE O PODER JUDICIÁRIO - OUTUBRO DE 2018

 

Pacto

No artigo “Pacto nacional pela República” (27 de outubro), o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, declarou que o impasse em que vive o país deve ser resolvido priorizando-se as reformas previdenciária, tributária/fiscal e da segurança pública. Faltou incluir nesse conjunto a reforma do Poder Judiciário, cujo gasto em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país é cerca de dez vezes maior que o dos Estados Unidos, e um múltiplo ainda maior em relação a outros países da América do Sul. EVANY SICILIANO PONTES, RIO

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Supremo

Pesquisa baseada em dados do CNJ revela que no STF, em 2017, a maioria dos julgamentos de mérito (51,3%) foi realizada por um único ministro, sem a participação dos demais. Essa prevalência de decisões individuais acende um sinal de alerta. Questões relevantes ficam na

dependência do subjetivismo e das inclinações doutrinárias pessoais. Acresça-se que, aos 45 minutos do segundo tempo, um processo na marca do pênalti pode ser travado por um pedido de vista de um ministro, e sumir de vista. Pode-se dizer que o Supremo atua como órgão colegiado? ANDERSON A. ZELBE NITERÓI, RJ

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O pacto nacional proposto pelo ministro Dias Toffoli, deveria se iniciar pelo próprio STF, “para encontrar um ponto de união”. Que união é essa do STF que, quando uma turma toma uma decisão, vem logo, outro ministroe toma uma atitude monocrática contra aquela e derruba o consenso? Todos clamam pela democracia, mas se esquecem de que ela começa em casa. FERNANDO AUGUSTO MOREIRA, RIO.

O ministro Dias Toffoli, em seu artigo “Pacto nacional pela República”, (27 de outubro, perfilou obviedades sobre nosso país e nossa economia que todos já conhecem. O que o Supremo precisa é de menos vaidade e mais Constituição. Flavius Figueiredo, Barra do Piraí, RJ.FLAVIUS FIGUEIREDO, BARRRA DO PIRAÍ, RJ.

No artigo “Pacto nacional pela República”, o ministro Dias Toffoli prega reformas tendo como árbitro o STF. A reforma mais urgente, profunda e necessária de que o Brasil precisa é justamente a do Judiciário. Enquanto continuarmos com a reconhecida impunidade, nada mudará: aumentarão a insegurança, os assassinatos, a corrupção etc. Profunda reforma do Judiciário já. A sociedade, que paga os salários deles, precisa de um mecanismo para demitir juízes que não cumprem com acurácia seu dever.

OSWALDO CRUZ GRIBEL MAR DE ESPANHA, MG

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Judiciário

Complicada a situação do mais importante poder da democracia, o Judiciário e, em especial, o Supremo Tribunal Federal. De um lado, uma tola ameaça de fechamento do STF, do outro, uma ameaça de soltura de condenado pela Justiça em todos os níveis. Um juiz, no caso do impeachment da ex-presidente, arranha gravemente a Constituição, dando a ela o direito de permanecer na vida política. É hora de preservarmos o Poder Judiciário, que também deve se preservar, com atos sempre baseados nas leis, e não em momentâneos interesses. PEDRO DINIZ DE ARAUJO FRANCO RIO

 

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Supremo

O Globo

23 Oct 2018

O então candidato Eduardo Bolsonaro, há cerca de quatro meses, disse uma bobagem sobre o STF, da qual, por certo, hoje se arrepende (“Justiça reage a vídeo em que filho de Bolsonaro fala em fechar STF”, 22 de outubro). Em seu comentário, a ministra Rosa Weber foi clara ao dizer que “juiz algum vai se abalar”. Mas o que de fato impressiona é a veemente reação que a declaração vem causando em integrantes da Justiça. Recentemente, José Dirceu manifestou-se a favor de retirar os poderes do Supremo, mas isso não abalou ninguém. LUIZ ANTONIO R. MENDES RIBEIRO BELO HORIZONTE, MG

 Quer dizer que “basta um soldado e um cabo para fechar o Supremo”? E vai ficar por isso mesmo? Onde vamos parar? JOSÉ CARLOS LIMA DE SOUZA NITERÓI, RJ

 A bravata contida nas declarações do deputado Eduardo Bolsonaro não representa o tema de campanha do candidato Jair Bolsonaro. Tal declaração nada mais é que o que todo brasileiro de boa índole falava quando o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski atropelou a Constituição e manteve os direitos políticos à cassada Dilma Rousseff, e o ministro Gilmar Mendes concedeu vários habeas corpus a acusados pela Lava-Jato. JOÃO CARLOS DA CUNHA RIO

 Não é de estranhar a estapafúrdia declaração do filho de Bolsonaro sobre o fechamento do STF. Fora do contexto ou não, essa fala de um deputado eleito com maciça votação deve ser motivo de muita preocupação. E, ao contrário do que declarou a ministra Rosa Weber, a Justiça e, particularmente o STF deveriam se abalar, sim. JOSÉ HADAD NETO RIO

 Qualquer novo comentário sobre a fala do deputado Eduardo Bolsonaro é pura retaliação extemporânea. Ela foi feita há quatro meses, em um contexto e momento específicos, e ele já se desculpou. JOÃO COELHO VÍTOLA BRASÍLIA, DF

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Vai passar

Ricardo Lewandowski rasgou a Constituição no impeachment de Dilma Rousseff. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) fez-se de cega e o STF, de surdo. O petista Wadih Damous já disse que “tem que fechar o STF”. A OAB nem gaguejou, o STF permaneceu mudo. Agora, de sentidos aguçados, esgoelam-se. Mas isso logo passa. Assim que se derem conta do próprio ridículo. A. FERNANDES standyball@hotmail.com

São Paulo

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 Em tempo de guerra...

Diz o velho ditado: em tempos de guerra, boatos como terra. O episódio da fala de Eduardo Bolsonaro passaria despercebido se não estivesse já definida a eleição presidencial. Na época o cenário político ainda estava indefinido, os petistas sentindo-se os “senhores dos anéis”. Dizer que um cabo e um sargento bastariam para fechar o STF é uma sandice que só poderia ser creditada a uma piada idiota. Mas como o desespero das esquerdas atingiu o clímax, outros boatos, mil fakes ainda surgirão, bem como planos mirabolantes sairão dos cérebros deteriorados da “turma do mal” para tentar confundir o desejo do eleitor.

JAIR GOMES COELHO jairgcoelho@gmail.com Vassouras (RJ)

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Só queria entender

Lula fala que o STF é um órgão acovardado. José Dirceu afirma que vão tomar o poder à força. Uma frase pinçada de um contexto de uma resposta a uma pergunta ao filho de Bolsonaro, há quatro meses, leva a ministra Rosa Weber, o presidente do STF, FHC, etc, etc., a fazerem um barulho danado em toda a imprensa. Alguém me pode explicar o que está acontecendo? ORIVALDO T. DE VASCONCELOS professortenorio@uol.com.br Monte Alto

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Pruridos extemporâneos

Que o deputado Eduardo Bolsonaro deveria ter pensado melhor antes de se manifestar sobre o STF, disso não resta dúvida. No entanto, o que dizer de uma Corte que profere decisões contraditórias sobre o mesmo assunto? Ou que permite que haja decisões monocráticas sem a urgente manifestação posterior do colegiado? O que dizer de uma Corte que vota o próprio reajuste salarial, em índice superior ao aplicado aos demais cidadãos contribuintes? Ou que não julga a ilegalidade do pagamento do auxílio-moradia aos magistrados que dispõem de casa própria, ou para ambos os cônjuges na mesma situação? O que se pode dizer de uma Corte que permite a um de seus integrantes se referir aos próprios colegas como pessoas “sem pedigree”, como estivesse se referindo a um animal? Afinal, quem semeia vento colhe tempestade. ARLETE PACHECO arlpach@uol.com.br Itanhaém

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Eleições

Que triste espetáculo a esquerda ressentida tem proporcionado. Ora, há, hoje, no Brasil, Se a bancada ruralista possui 261 deputados, Bolsonaro, se eleito, precisará de mais 43 para poder até alterar a Constituição. Isso trará imensos benefícios, inclusive o de impedir que ministros do STF, para a indignação geral, continuem, monocraticamente, libertando criminosos. O Supremo deveria cuidar de coisas mais importantes, como faz seu congênere americano, que custa muito menos e não tem tantos puxadinhos. Nem carro com motorista eles têm.

WILTON RIBEIRO GOMES MARICÁ, RJ

 

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Justiça

Li na coluna de Ancelmo Gois que, para manter a (lenta) Justiça, o Brasil gasta 1,4% do PIB, e que a grande maioria dos países gasta menos de 0,5%. Vamos torcer para o novo presidente conseguir direcionar mais verbas para as unidades de saúde, onde médicos e servidores cumprem carga horária de segunda a sexta, sem receber o imoral "auxílio moradia". ANTONIO MENDONÇA BEZERRA RIO O Judiciário gasta 1,4% do PIB, o maior custo no mundo, enquanto a maioria dos países fica abaixo de 0,5%. Os salários médios no setor são nove vezes maiores que na esfera privada. Temos a Justiça mais competente e eficaz do mundo? Com a palavra, a população. ROBERTO SOLANO RIO

 

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No país do auxílio-moradia

Um estudo recente do FMI mirou nos salários do setor público brasileiro. Diz lá que os salários médios do nosso Judiciário são cinco vezes mais altos do que a média dos salários do setor público e quase nove vezes mais altos do que os salários do setor privado. E mais: para manter a Justiça, o Brasil gasta 1,4% do PIB, mais do que qualquer país da Europa.

Aliás...

Nenhuma nação gasta além de 1% do PIB com o Judiciário. A grande maioria sequer gasta 0,5%.

 

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Robin Hood

Na pauta, outro Robin Hood da capa preta, aliado da Cruzada do ministro Gilmar Mendes! (“Desembargador manda soltar suspeito de chefiar milícia”, 11/10). Durante oportuno plantão dominical do Judiciário, o desembargador Siro Darlan libertou Marquinho Catiri, perigoso miliciano do transporte alternativo das zonas Norte e Oeste do Rio. Desde 2016, o CNJ sabe das nebulosas e recorrentes práticas de Darlan em seus plantões! Abafa, ministro Dias Toffoli?

CELSO DAVID DE OLIVEIRA RIO

 

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Habeas corpus

Impressiona a rapidez com que políticos envolvidos em falcatruas conseguem habeas corpus, inclusive, e desavergonhadamente, de ofício. Bem ao contrário dos mortais, que penam para conseguir o benefício, mesmo sendo inocentes, como os presos por engano. A Justiça é cega ao olhar para estes, mas tem olho de lince ao fitar aqueles.

LUIZ CANDIDO DA SILVA RIO

 

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República do STF

Melhor que sejam fechados os tribunais de primeira, segunda e terceira instâncias da Justiça brasileira. Isso acarretaria economia para o país, uma vez que o STF, que deveria se ater a analisar a constitucionalidade das demandas, se desviou de sua função e hoje é quem decide tudo no país, desde julgar alguém que roubou um pão para saciar a fome a soltar criminosos, em especial os de colarinho branco. Aliás, uma república com Três Poderes já virou motivo de piada nas redes sociais, pois se antigamente os

brasileiros sequer sabiam os nomes dos ministros do STF, agora, com a investida desse tribunal em qualquer assunto, Lewandowski, Toffoli e os Mellos são figurinhas fáceis em todas as conversas. Então, virou República do STF. JOSÉ CARLOS CAMPOS ARARUAMA, RJ

 

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Ação desastrosa

As iniciativas do TRE nessa eleição, suprimindo e agrupando zonas eleitorais, a título de redução de gastos, e obrigando os eleitores ao processo digital, como teste de uma coleta de dados do Detran, serviram apenas para tumultuar o processo de votação que anteriormente se fazia de forma tranquila. Essa desastrosa ação pode ter contribuído para o alto índice de abstenção, pois reportagens na TV mostravam eleitores indo embora e desistindo de enfrentar as longas filas para votar. Precisava isso? ROBERTO FONTENELLE RIO

 

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Zona eleitoral

O TRE-RJ remanejou zonas, seções e locais de votação sem nenhuma divulgação. Em consequência, presenciei pessoas idosas na Escola Eleva, em Botafogo, sem saber onde votar. As abstenções decorrentes dessa situação podem ser debitadas na conta do TRE. Acrescento que a grande concentração de seções eleitorais na Eleva causou um grande tumulto, com enormes filas. Como sugestão, sugiro que os magistrados saiam de seus confortáveis gabinetes e se dirijam aos seus locais de trabalho utilizando transporte público, para presenciarem as dificuldades das pessoas. BRUNO VAJGEL RIO

 

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O STF

Em entrevista há alguns dias, o ministro do STF Luís Roberto Barroso disse que “há gabinetes distribuindo senhas para soltar corruptos”. Fato notório é que ministros estão concedendo habeas corpus em decisões monocráticas e liminares. De se ressaltar, por oportuno, que a mais alta Corte de Justiça do país deve prestar a jurisdição na forma de acórdãos, em que as decisões monocráticas deveriam ser a exceção da exceção. Mas não é isso que está ocorrendo, e as decisões demoram para serem levadas ao órgão colegiado correspondente, para serem ratificadas ou retificadas. Assim sendo, pode mesmo ser realidade a “distribuição de senhas” a que se refere o ministro Barroso, infelizmente. CARLOS EDUARDO FONTES RIO

 

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Caos na votação

Estou retornando do Bennet Univeritas, meu local de votação. A situação lá é algo próximo do caos. Torna-se evidente que o TRE resolveu colocar vários locais menores de votação em um único espaço maior. Com isso, a quantidade de votantes e as filas são enormes. Voto há mais de 40 anos e não me recordo de ter passado por uma situação igual a essa. Adicionalmente, várias seções são em andares elevados, e os elevadores não estão funcionado. Então, pessoas idosas, mães com crianças de colo ou carrinho de bebê estão tendo que subir a pé. Parabéns, TRE. Nada como um bom planejamento. GIL FIRMINO GUEDES RIO

É sabido que as eleições que elegem dois senadores normalmente são as mais tumultuadas. Senhora desses dados, a justiça eleitoral no Rio resolve remembrar zonas eleitorais criadas nos anos 90 para as zonas originárias. Não obstante, resolveu fazer um recadastramento biométrico parcial, cruzando os dados de um terceiro, no caso o Detran-RJ, que recolheu as digitais em equipamentos diferentes dos da Justiça Eleitoral. Tudo isso com praticamente zero de informação para o eleitor. O resultado era previsível: caos nas seções, filas de três horas, desinformação e muitos problemas. Por que não esperaram as próximas eleições municipais, com apenas duas candidaturas, para implementar essas mudanças? ANDRE DECOURT DE A. COSTA RIO

 

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Biometria digital

O TRE-RJ e o TSE fizeram uma trapalhada na votação na cidade do Rio. A biometria digital não era obrigatória, e os “iluminados” resolveram aproveitar o banco digital do Detran-RJ para realizar um teste. Fizessem antes, nunca no dia da eleição, gerando problemas, atrasos e filas enormes. Apesar de a representante do TRE-RJ declarar à GloboNews que a identificação biométrica não era obrigatória, tal afirmativa não é verdadeira, pois a urna só era liberada para a votação se a identificação biométrica fosse feita ou se ocorressem quatro tentativas sem sucesso. Por que o título não é um cartão magnético, com foto e chip, valendo também como identidade? Biometria dá muitos problemas. NEWTON BASTOS RIO

 

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Justiça

Correio Braziliense

7 out 2018

 

Entre as inúmeras mudanças que surgem no Brasil, uma delas poderia ser, caso eleito, o líder nas pesquisas para presidente da República (respeitando a Carta Magna) mandar investigar as atitudes e comportamentos dos semideuses togados da Suprema Corte, nos últimos anos. É pública e repugnante as inúmeras decisões monocráticas e obtusas das turmas do Supremo Tribunal Federal, dignas de punições graves e passivas de impeachment pela conveniência, a luz do dia, de vários deles, com os esquerdopatas e gatunos que levaram  nosso país ao fundo do poço. Que prevaleça a democracia e não a vontade dos perversos, ladrões e covardes!

 

» Amilton Figueiredo, Asa Sul

 

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STF

O Supremo decepciona, mais uma vez, o eleitor/contribuinte mandando soltar outro preso (endinheirado, claro!) da Lava- Jato. Num país sério, o bondoso ministro soltante, no mínimo, já estaria usufruindo de uma aposentadoria compulsória. ANTONIO MENDONÇA BEZERRA RIO

No lusco-fusco das últimas pesquisas e debates políticos, o ministro Gilmar Mendes mandou soltar mais um lote de “amigos” da Operação Integração 2, da Lava-Jato do Paraná. Entre eles, o irmão do ex-governador Beto Richa, igualmente solto por benesses em canetada precedente. Tiro no pé, hein, ministro! Ocupada, a mídia não lhe deu os segundos de fama e holofotes, que tanto massageiam a sua vaidade. Será que cansou das suas obscuras bad news, dandolhes paridade com as antirrepublicanas fakes news, que nos assolam dia após dia? Quem estará no próximo lote, ministro? CELSO DAVID DE OLIVEIRA RIO

 

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Não há remédio

Há algum tempo, dirigindo-se a estudantes, o ministro do STF Luís Roberto Barroso declarou, entre outras coisas, que nosso sistema político se tornou um “espaço de corrupção generalizada”; que o modelo político “é um desastre”; que a política está “gravemente enferma” e que “é preciso mudar”. O ministro pode ter acertado no diagnóstico e na indicação terapêutica. Mas a situação é desesperante

— não há remédio apropriado na praça. OTTO AZOI RIO

 

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Constituição

Na letra da ordem constitucional, assiste razão aos ministros Gilmar e Toffoli (“Ministros do

STF criticam ideia de uma nova Constituição”, 4/10). “Se a cada período de tempo nós quisermos reconstruir o pacto nacional, não conseguiremos ter uma estabilidade institucional”, rebateu o presidente do STF. Para alguns doutos supremos, que não se furtam a rasgar a Carta Magna com gambiarras jurídicas para beneficiar amigos condenados, concedendo até o direito de concorrer a cargos eletivos, mesmo vedado pela Constituição cidadã, é mais conveniente deixar quieta a estabilidade (?) cantada pelas Turmas da Casa, né, ministros? ARNALDO CAIADO RIO Inserido de <http://infoglobo.pressreader.com/o-globo/20181005>

Abuso desmoralizador

O Estado de S Paulo

4 out 2018

Muito bem comentada a judicialização da política e a grande quantidade de faculdades de Direito no País, entre outros aspectos da vida jurídica. O que faltou dizer é que só haverá uma diminuição da judicialização se for feita profunda reforma do Direito Processual, com suas quase infinitas possibilidades recursais, que entopem o Judiciário e só beneficiam os que podem pagar a advogados, desmoralizando a imagem da Justiça. Um interessante caso é o de José Dirceu, condenado em segundo grau e que, em razão das boas graças de um juiz amigo, aliadas a recursos processuais quase infinitos, está em liberdade e comandando veladamente a campanha eleitoral do PT, num visível abuso desmoralizador de alguém que deveria estar na Papuda. ULF HERMANN MONDL hermannxx@yahoo.com.br

São José (SC)

 

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Moro X PT

O juiz Sergio Moro, ao liberar o depoimento do Palocci dando chance de se conhecer parte das barbaridades que Lula, Dilma, José Dirceu e outros cometeram na área das propinas, formação de quadrilha , desvio de recurso públicos etc. (“Palocci: eleições de Dilma custaram R$ 1, 4 bilhão”, 2/10) na semana que antecede as eleições, é uma resposta à altura e na hora certa para as jogadas que três ministros do STF (Gilmar, Toffoli e Lewandowski) preparavam para ajudar na vitória do PT. Tenho esperança que José Dirceu deve ser informado que o poder ainda não vai voltar ao seu partido nessas eleições. Não é só Mourão que fala o que não deve. HUGO ACCORSI RIO

CARLOS ALBERTO F. DA ROSA RIO

 

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Para quê?

Qual seria a real intenção de um magistrado da mais alta Corte do país ao permitir que Lula dê entrevistas para a imprensa? Com que propósito este senhor toma uma medida dessas? O ministro Lewandowski faria um enorme favor à nação se pedisse o afastamento do cargo. O país não precisa de pessoas com este perfil tomando qualquer tipo de decisão que afete diretamente a nação.

FERNANDO BRAVO RIO

A insistência do ministro Lewandowski em privilegiar a candidatura petista, ao reiterar a autorização de entrevista do condenado Lula a um veículo de comunicação passou dos limites e beira o deboche. É inconcebível que um ministro do STF preste-se a esse papel, agindo com elevada imprudência em momento tão grave pelo qual passa o Brasil; essa decisão produz, como consequência, a erosão dos poderes constitucionais. A conduta do referido ministro incide claramente no art. 39, inc. 1, da lei

1.079/1950 (crime de responsabilidade de ministro do STF), podendo sofrer processo de impeachment.

MILTON CORDOVA JUNIOR BRASÍLIA, DF

Neste 1º de outubro, a menos de uma semana das eleições, o ministro Lewandowski concedeu nova liminar atendendo a recurso do jornal “Folha de S.Paulo”. Vamos combinar, há negras nuvens pairando sobre as nossas ingênuas cabeças. Que país é esse em que um presidiário participa de campanha política na TV e é autorizado a dar entrevista à imprensa? Que país é esse em que um ministro do STF desafia a própria Corte e promove um verdadeiro escárnio à sociedade?

ANTONIO A. DE A. E CASTRO RIO

 

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Justiça

Só no Brasil um bandido degenerado como José Dirceu pode estar solto e dando declarações estapafúrdias em nome da República (“Para José Dirceu, procuradores são ‘polícia política’”, 1/10). Este senhor merecia prisão perpétua, e está solto por conta do beneplácito da nossa Justiça, através do STF. Alguns ministros mereciam ser exonerados, sem aposentadoria, e outros mereciam ser presos e condenados. O povo está cansado dessa gente!

PAULO ROBERTO DA SILVA ALVES RIO

A Justiça brasileira é, de fato, magnânima: vemos um condenado a mais de 12 anos de cadeia comandando uma campanha eleitoral da sua cela! Vemos outro, condenado a mais de 30 anos, mas solto pela conhecida trinca de ministros generosos, dando entrevistas, defendendo o colega presidiário, criticando a Justiça, o Ministério Público, a Lava-Jato... E nenhum dos dois é sequer advertido!

JOÃO AUGUSTO LUNA FERNANDES RIO

Que Justiça é essa que permite um condenado a 30 anos de prisão ficar viajando pelo país e insuflando? Disse que o PT tomará o poder mesmo que não seja por eleições, e que o MPF não pode investigar nada? Ah, e que não é projeto do PT e sim um pensamento dele. Ele é a cabeça pensante do mal, Lula é apenas um pau-mandado. Tá! Me engana que eu gosto!

ANA MARIA CASTTRO RIO

 

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